A excitação é total, para não dizer orgásmica: o primeiro-Ministro, no dia de amanhã, vai visitar a Madeira, depois dos confrontos políticos (recorde-se a demissão de Jardim) e verbais (estes últimos pouco edificantes) entre Sócrates e o Presidente do Governo Regional.
Não aprecio o estilo do líder madeirense, mas reconheça-se a obra e a legitimação eleitoral que recebe há 35 anos.
Não há Media neste país que não nutra por ele alguma antipatia e que o acuse de ser um ditador e de viver numa teia caciquista. Já estão todos em pulgas, há espera de sangue e de umas palavras menos simpáticas.
Fossem todos os males da República protagonizados pela Madeira. Também no continente, há pequenas Madeiras, locais onde o caciquismo é regra e o espaço para a discussão democrática exíguo. E não é por isso que recebem a atenção ou as críticas destinadas ao arquipélago. Porventura, não terão os milhões ou a frontalidade de Jardim. Mas não quer dizer que não existam e que não tenham tantos ou mais defeitos. De norte a sul do país, da esquerda à direita, há outras Madeiras por aí. Só falta quem lhes preste atneção.
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