Continuará em cena nos dias 13 e 14 no Pax Júlia – Teatro Municipal de Beja. Para saber mais, clique aqui.
Imagem: El Mundo
O Prémio Nobel da Literatura atribuído a Mario Vargas Llosa tem tanto de merecido, como de surpreendente. Finalmente, a Academia Sueca viu a luz e reconheceu um dos grandes nomes da Literatura Universal. Este facto, infelizmente, não apaga o facto de o Prémio ter sido recusado a outros nomes, como Borges ou Amado. Injustiças que o comité terá muitos e muitos anos para corrigir.
Não sei o que é os defensores de Chávez acharão desta notícia. Não acredito em coincidências.
Depois dos disparates dos últimos dias, Chávez não pára na sua demanda anti-democrática. E ainda há, em Portugal, quem o defenda.
Até foi criado um blog dedicado ao livro, na plataforma de Blogs do Sapo. O livro já está na lista de compras.
A citação que dá título a este post foi da autoria de Miguel Ángel Moratinos, Ministro dos Negócios Estrangeiros Espanhol. Escusado será dizer que, perante isto, são declarações muito graves. Já agora, importava perguntar a Luís Amado o que é que ele acha disto. A resposta dele era capaz de não ser muito diferente. Vai uma aposta?
Muito obrigado ao Bruno por me ter alertado para esta questão.
Apesar do entusiasmo dos habituais defensores portugueses de Chávez, o que se está a passar na Venezuela é grave. Sim, é verdade que foi eleito democraticamente. Mas isso não deve diminuir o escrutínio da sua acção política.
Parece que é uma questão de "saúde mental". Leia o artigo que percebe a expressão entre aspas.
E isto não vai ficar por aqui. Vem aí a lei da mordaça.
Ver aqui.
A Venezuela vive tempos agitados: para além das sucessivas nacionalizações (o projecto socialista de Chávez assim o obriga), a pressão sobre os Media contrários ao presidente venezuelano subiu de tom. Estes acontecimentos têm tido pouca repercussão na imprensa nacional, não sei muito bem porquê. É verdade que Chávez foi eleito democraticamente, mas isso não deve diminuir o escrutínio sobre a sua acção política, bem como a influência dessa acção nos países vizinhos.
Já chega de desculpas ideológicas da treta. Já não se pode com o regozijo com que Soares fala do líder venezuelano, nem das desculpas que os seus defensores arranjam.
Os sinais que vêm da Venezuela são preocupantes, para qualquer democrata que se preze, seja de esquerda ou de direita. É dever da comunidade internacional denunciar e intervir sempre que possível.
Foto: El Mundo
A Cimeira das Américas marca uma nova relação dos Países da América Latina com os Estados Unidos. Aparentemnete, Obama vai percebendo que não faz sentido continuar a ignorar o que se passa a sul do seu país. Vejam-se agumas das medidas sobre Cuba, esta cimeira e a visita ao México. A acompanhar, com muita atenção.
Caso se confirme, são boas notícias e podem significar, a prazo, o fim do embargo a Cuba. Este último não faz qualquer sentido nos dias de hoje. A sua manutenção prejudica o país de Fidel e legitima a ditadura cubana aos olhos dos seus vizinhos e admiradores espalhados pelo mundo. Aguardemos.
No son más silenciosos los espejos
ni más furtiva el alba aventurera;
eres, bajo la luna, esa pantera
que nos es dado divisar de lejos.
Por obra indescifrable de un decreto
divino, te buscamos vanamente;
más remoto que el Ganges y el poniente,
tuya es la soledad, tuyo el secreto.
Tu lomo condesciende a la morosa
caricia de mi mano. Has admitido,
desde esa eternidad que ya es olvido,
el amor de la mano recelosa.
En otro tiempo estás. Eres el dueño
de un ámbito cerrado como un sueño.
Jorge Luís Borges
Foto: El Mundo
A vitória de Chávez é um péssimo sinal para a Venezuela e para a América Latina. Os venezuelanos escolheram, mas não há dúvidas de que a Liberdade sofreu um sério e duro golpe. Um barril de pólvora a acompanhar pela comunidade internacional.
Perante este escândalo, estou curioso em saber duas coisas: primeiro, saber como vão reagir os defensores de Chávez (se isto fosse com um presidente americano...); segundo, como vai reagir a União Europeia? Protesta ou envia Magalhães com bocadinhos de carvão lá dentro?
Adenda: Parece que Espanha já tomou uma atitude. Aguardam-se desenvolvimentos dos próximos capítulos.
A libertação de Ingrid Bettancourt foi um marco importante. Todavia, importa não esquecer que as FARC ainda mantêm cativas várias pessoas. Parece que entregaram reféns a uma missão humanitária e pretendem libertar outros no decorrer da semana que se inicia. Ainda há um longo caminho a percorrer na luta contra esta organização criminosa e não democrática.
50 anos depois da Revolução Cubana, a Rádio Nacional de Espanha disponibiliza um excelente documentário sobre este tema. Para ouvir aqui.
Figura Internacional do Ano
De longe, Barack Obama. O primeiro Presidente Negro da História dos EUA, gerou um consenso (quase) planetário. Contudo, desenganem-se os mais esperançados. A Mudança não será tão radical como julgam. Creio que será um mandato mais virado para dentro, com gente muito experiente (Hillary) a manobrar na cena Internacional. No essencial, não haverá grandes inflexões na política externa Americana.
Figura Nacional do Ano
A Ministra da Educação foi, porventura, o elo mais fraco deste Governo. Depois da saída de Correia de Campos, Sócrates viu em Maria de Lurdes Rodrigues o seu selo de legitimidade e autoridade políticas. Um dos grandes méritos da Ministra foi ter introduzido aspectos que eram importantes para o Ensino: aulas de substituição, obrigatoriedade do Inglês, etc...
Porém, esqueceu-se que é impossível reformar o Ensino contra uma classe em peso (recordem-se as duas grandes manifestações dos professores). No meio da paranóia tecnológica (Magalhães), a implementação do facilitismo (lembrem-se dos exames), a indisciplina, a arrogância e desdém com que fala, não deixam grande margem de manobra para a Ministra. A sua sorte é Mário Nogueira, que, sendo tão radical como ela, acaba por lhe dar espaço para exercer o seu cargo.
Figura Regional do Ano
Aqui estive indeciso. Vou escolher Francisco Santos. O Presidente da Câmara tem continuado as politicas de Carreira Marques. De mud@nça (lembram-se?) trouxe muito pouco. Infelizmente. Este ano de 2009 adivinha-se difícil. Não há muito dinheiro para gastar e Pulido Valente será um adversário de peso. Valha a máquina do PCP que é muito boa em tempos eleitorais, tanto na propaganda, como na distribuição de benesses.
Facto Internacional do Ano
Libertação de Ingrid Bettancourt. Pode não ser a escolha óbvia para muita gente. Mas foi importante para relembrar que não se deve ser complacente, nem desistir de lutar, contra formas não democráticas de exercer o poder. Os Direitos Humanos devem prevalecer sobre qualquer forma de realpolitik.
Facto Nacional do Ano
Fui contra a nacionalização do BPN e continuo a ser. Cada vez estou mais convencido de que se tratou de uma maneira de encobrir casos de polícia, injectando milhões de euros (que não temos) para pagar devaneios e incompêtencias. O Bloco Central tem muitas responsabilidades nesta matéria - do Governo ao Banco de Portugal. Trata-se de um banco pequeno no mercado nacional (tal como o BPP). Nos Estados Unidos faliram dezenas de pequenos bancos.
Importa realçar que os Bancos continuam a dificultar o acesso ao crédito, apesar das benesses do Estado. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Congresso Americano têm manifestado grande preocupação (para ser simpático) pelo facto de algumas instituições financeiras estarem a usar o idnheiro injectado pelo Congresso para comprar outras instituições, em vez de ajudar a Economia real. Oxalá isto não aconteça em Portugal. É bom que Constâncio esteja atento.
Facto Regional do Ano
O Colóquio "A Desertificação do Interior" reuniu figuras de primeira linha para discutir um assunto que diz respeito a todos. Foi um contributo muito útil e que merece ser aprofundado e discutido com seriedade e visão. Já agora, este colóquio foi organizado por um blog. Nem mais. Num momento em que se discute a viabilidade da blogosfera (com algum catastrofismo excessivo à mistura), foi um blog que conseguiu reunir estas pessoas e colocar o assunto na agenda mediática. Parabéns João!
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