Domingo, 10 de Julho de 2011
Ai a memória...

O actual debate político português é visto de um modo absolutamente maniqueísta: há aqueles que acham que estamos assim por causa dos bancos e das agências de rating; outros defendem que estamos assim por nossa exclusiva responsabilidade. Não há meio termo que nos valha. Ora, o post anterior, deveria ter tido uma adenda: acredito que estamos assim, sobretudo, por nossa culpa - vivemos claramente acima das nossas possibilidades, gastando mais do que devemos. Mas esta última medida da Moody's é absolutamente irrazoável: baixar o rating em quatro níveis, com um novo Governo, que apresentou medidas mais duras e que repete que devemos ir além do acordo da Troika, é claramente uma demonstração de má fé, para não lhe chamar algo pior.

Por outro lado, o PS não se pode esquecer de que assinou o memorando de entendimento. E se tivesse formado Governo, teria de tomar muitas destas medidas (privatizações e tudo). Por mais que apareça a rasgar as vestes e a proclamar-se de esquerda (um espectáculo que proporciona com maior intensidade quando está na oposição), deve lembrar-se de que o caminho do país é estreito e que, neste momento, não temos grande alternativa que não seja segui-lo.


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publicado por Ricardo Cataluna às 10:43
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Quinta-feira, 19 de Maio de 2011
Não tenhamos dúvidas...

O que está em causa no próximo dia de 5 de Junho é, na realidade, muito simples. Temos de escolher entre: o actual PM, que não tem qualquer credibilidade, que insiste em propagandear um país que só existe na sua cabeça e na dos seus indefectíveis; e o líder do PSD, que apresenta nestas eleições o programa mais estruturado, completo e corajoso de que há memória na política portuguesa. É verdade que o PSD tem cometido erros e que o programa, com certeza, terá aspectos a limar. A própria governação se encarregará de os corrigir. Tudo o resto são coisas sem importância. Refira-se, uma vez mais, que Portugal vive um momento complicado e que a intervenção do FMI veio por a nu muitas das debilidades de que o nosso país padece, e que este Governo, habilmente, esconde debaixo do tapete. O memorando da troika é muito parecido com o programa do PSD, defendendo aquilo que o partido reivindica há muito tempo. Mesmo que o PS ganhe as eleições, terá de cumprir as medidas impostas de fora e que, pasme-se, são coincidentes com as do... PSD. Caso não o faça, Portugal ficará ainda numa situação mais débil. Portugal tem mesmo de mudar de vida se quer evitar ficar (ainda mais) ingovernável. Se não formos nós a mudar, alguém o fará por nós. E não será com paninhos quentes. O PM pode ser um ás da comunicação, distorcer o que lhe apetecer, especialmente se for a seu favor, colocar a comunicação social a salivar com soundbites e truques de algibeira. Sócrates pode andar por aí alive and kicking. Mas o seu tempo acabou. 5 de Junho é dia de demonstrar isso mesmo. 


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publicado por Ricardo Cataluna às 15:54
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Domingo, 25 de Abril de 2010
Às vezes é preciso provocar...

Pode não ter sido um discurso brilhante, mas foi um discurso que precisava de ser dito. Só peca por tardio. Finalmente o PSD propôs-se a discutir e a fazer política. Isto promete.

 

Vídeo via Vasco Campilho


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publicado por Ricardo Cataluna às 15:14
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Sábado, 27 de Março de 2010
Ler...

Henrique Raposo no Expresso: "O PSD está cheio de aristocratas que se julgam superiores a Passos. E, se calhar, até são. Mas os ditos aristocratas têm de demonstrar essa superioridade no terreno. Na última vez que verifiquei, Portugal não era uma aristocracia, mas sim uma democracia. Uma democracia não se governa a partir da torre de marfim da superioridade intelectual e do snobismo social"



publicado por Ricardo Cataluna às 19:02
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Passos Coelho

A vitória de Passos Coelho, no dia de ontem, foi inequívoca. E teve um sabor especial para o novo líder: apesar do imenso tempo que decorreu entre as legislativas e as directas, e de todos os esforços que os opositores de Passos Coelho desenvolveram para arranjar um candidato para concorrer contra ele, a sua candidatura foi triunfante. Como disse Fernando Costa no congresso de Mafra, não faças aos outros aquilo que fizeram a ti - ou seja, Passos fará, certamente, um esforço de inclusão que deverá abranger todos aqueles que queiram dar o seu contributo.

 

Gostava de referir duas pessoas: Paulo Rangel, já escrevi neste blog, é um político de muitas qualidades e que ainda vai dar muito ao PSD e ao país. Esta sua candidatura foi uma precipitação já que ainda está algo verde e com um discurso demasiado inflamado que foi derrotado nas anteriores legislativas.

 

Pacheco Pereira foi um dos grandes derrotados da noite. Apesar da sua inegável qualidade intelectual, não percebeu que os tempos não são os mesmos de há 20 anos. Recordo que disse que "quem apoiava Passos Coelho era o pior que havia no PSD". Haverá cerca de 60% de militantes que discordam desta visão.


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publicado por Ricardo Cataluna às 14:29
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Domingo, 14 de Março de 2010
Fernando Costa

À hora a que escrevo isto a reunião do PSD ainda não acabou, mas arrisco-me a dizer que foi o discurso do Congresso. Pelo menos foi o que incendiou. Louve-se a coragem: disse em voz alta o que muitos diziam em surdina.

 


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publicado por Ricardo Cataluna às 13:27
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Sábado, 6 de Março de 2010
Cristo descerá à terra?

Imagem via Público

Acho muito interessante o clamor em volta de Marcelo Rebelo de Sousa. Ainda mais porque algumas das pessoas que chamam pelo comentador, disseram dele enquanto líder do PSD, o que os judeus não dizem do toucinho.


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publicado por Ricardo Cataluna às 16:01
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Terça-feira, 2 de Março de 2010
Fora de tempo

Já escrevi aqui e reafirmo: Paulo Rangel é um grande valor para o PSD. Contudo, a sua candidatura foi uma precipitação, como se verificou no debate desta noite. Nas últimas Europeias fez um grande trabalho e foi recompensado. Infelizmente, a lamentável composição das listas para o Parlamento, bem como a obsessão com a tese da asfixia democrática, (factos com que Rangel foi conivente e participante activo) minaram as hipóteses do PSD em derrotar Sócrates, debaratando capital político valioso.

Esta candidatura veio antes de tempo já que Rangel está muito conotado com a direcção cessante, e porque entrou em contradição com aquilo que disse que não faria e que criticou em Ana Gomes, por exemplo. Depois não se admire com a pancada que vai levar. Quem se coloca a jeito...


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publicado por Ricardo Cataluna às 23:38
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Sábado, 6 de Fevereiro de 2010
A vergonha

1 - Se dúvidas havia, neste artigo ficam dissipadas: José Sócrates não tem perfil para ser Primeiro-Ministro. Um Chefe de Governo que desrespeita, deste modo, a liberdade de expressão e de imprensa, não pode continuar a ocupar o cargo nem mais um segundo. Tendo em conta que se realizaram eleições há pouco tempo, até teria lógica que o PS indicasse outro nome para liderar o Governo. Sócrates é que não pode continuar.

 

2 - Não percebo nada de Direito, mas é evidente que Pinto Monteiro e Noronha Nascimento ficam mal na fotografia.

 

3 - O que seria deste caso se o líder do Governo fosse de outra cor política, nomeadamente do PSD? Já imagino os editoriais indignados, as manifestações...

 

4 - Como é que o PS compactua com este tipo de comportamento? Como é que os "paladinos a da Liberdade" não dizem uma palavra sobre isto? O Poder é uma força muito poderosa, mas não pode valer tudo.

 

5 - Fica provado como é perversa a influência do Estado na Economia e nas empresas. Não só se estrangula a Economia, como se estimula o tráfico de influências.


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publicado por Ricardo Cataluna às 21:26
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Domingo, 1 de Novembro de 2009
Passos mete medo?

Não percebo a sanha que as elites do PSD têm contra Passos Coelho. Acho curioso o aparecimento de uma "vaga de fundo" em apoio a Marcelo Rebelo de Sousa. Ainda mais porque vem de pessoas que, por um lado, tiveram uma relação directa com a derrota de 27 de Setembro, se bem que, aparentemente, não a compreenderam; por outro lado, alguns dos "apoiantes" de Marcelo, com particular incidência da ala Barrosista, fizeram tudo para retirar Marcelo da liderança do PSD nos anos 90. Hoje já serve?

 


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publicado por Ricardo Cataluna às 13:00
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Domingo, 4 de Outubro de 2009
Continuar?

Ainda há gente dentro do PSD que não percebeu o que é que se passou no passado dia 27. Para quem ainda não percebeu, Manuela Ferreira Leite deixou de ser líder do PSD nessa mesma noite. Ponto. Pode levar mais ou menos dias a sair, mas a sua liderança ficou irremediavelmente compremetida. Só uma liderança muito trapalhona perde umas eleições para este PS, ainda mais nas circunstâncias sociais, económicas e até políticas.

Ver figuras destacadas do partido defenderem a continuidade de Manuela Ferreira Leite, é como dizer que se vai para Londres no Titanic. Ninguém leva a sério.



publicado por Ricardo Cataluna às 22:21
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Quinta-feira, 24 de Setembro de 2009
Amadorismo

Nem o mais optimista dos dirigentes socialistas esperaria uma campanha tão pacífica. Mal se falou de Desemprego, de Economia, de Finanças, de Educação, entre outros aspectos. O PS vai, infelizmente, ganhar as próximas legislativas. Apesar de terem sido quatro anos maus. Sócrates é um político de plástico, que muda de capa de acordo com as circunstâncias.  E vai ganhar, acima de tudo, por falta de comparência do PSD. Ferreira Leite conseguiu o mais difícil: esfrangalhou o capital conquistado nas últimas Europeias ao longo de semanas. E fê-lo lenta e penosamente.  Com um amadorismo confrangedor, deu tiros nos pés com demasiada frequência.

Já disse e repito: a liderança de Ferreira Leite parece ser uma fiel seguidora do chamado Cavaquismo, doutrina que nem o próprio Cavaco advoga. O desafio do PSD depois de Outubro é enorme: renovar pessoas, políticas e rumos. Portugal merece e precisa de (muito) melhor.



publicado por Ricardo Cataluna às 18:31
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Quinta-feira, 27 de Agosto de 2009
Afinal...

Sempre votei PSD, excepto em 2005 (abstive-me), apesar de não ser militante do partido. Nas próximas eleições o cenário pós-eleitoral é uma incógnita, mas o perspectiva de Bloco Central é arrepiante e, pelos vistos, algo de bastante provável. A política precisa de confrontação e de rasgo, e não das mesmas propostas para deixar tudo na mesma. Exigia-se mais ao PSD: que apresentasse um programa mais arrojado e que não embarcasse em erros do passado - veja-se a formação das listas.

A desilusão é grande. Deste modo, parece que as únicas diferenças entre PS e PSD são os perfis dos seus líderes, o que é muito pouco. A um mês das legislativas vou-me mentalizando para votar em branco. A não ser que algo mude, o que não é muito provável.



publicado por Ricardo Cataluna às 17:23
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Sexta-feira, 21 de Agosto de 2009
Ferreira Leite

A entrevista de Manuela Ferreira Leite à RTP não trouxe nada de novo. A líder do PSD continua igual a si própria. Falta pouco mais de um mês para as legislativas e a campanha tem sido de um vazio confrangedor. Aguardemos pelo programa do PSD. Até é compreensível que ela queira que o mesmo seja curto e objectivo, em oposição ao estilo espectacular e irrealista de Sócrates. Mas os portugueses não lhe levariam a mal, certamente, um pouco de audácia e de arrojo. Algo que mobilizasse o eleitorado e o país. Apresentar o que se pode cumprir é correcto, mas ficar-se pela ideia do depois logo se vê, sabe a pouco.

A campanha do PSD não se pode basear na ideia: Não gostam de Sócrates? Querem mais quatro anos de PS? Então votem Ferreira Leite. Afinal, estamos a eleger o governo para os próximos quatro (difíceis) anos. Não estamos a escolher o melhor sabonete ou o detergente da roupa mais adequado.

 

Texto também disponível no Novo Rumo.



publicado por Ricardo Cataluna às 16:02
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Sábado, 15 de Agosto de 2009
Deixemo-nos de tretas? Mas que treta...

Este post de Pacheco Pereira é uma desilusão. Para quem era tão crítico dos mandatos de Menezes e Lopes; para quem colocou a bandeira do partido ao contrário; para quem publicou um livro muito interesante numa altura crítica do partido; em suma, para quem foi muito crítico do rumo do partido nos últimos anos, compactuar com estas listas é um recuo na sua (de JPP) credibilidade e na do PSD. Não pode valer tudo para chegar ao poder.


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publicado por Ricardo Cataluna às 21:55
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Terça-feira, 4 de Agosto de 2009
Péssimos sinais

A inclusão de António Preto e Helena Lopes da Costa (arguidos em processos judiciais) e a exclusão de Passos Coelho são péssimos sinais para o futuro do PSD e da Democracia portuguesa. A vontade de alguns conselheiros de Ferreira Leite foi suficiente para que isto acontecesse. Seria esta a limpeza de que falavam há alguns meses? Pelos vistos as ervas daninhas continuam no mesmo sítio.


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publicado por Ricardo Cataluna às 17:27
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Segunda-feira, 3 de Agosto de 2009
Credibilidade

Não sei se Isaltino é culpado ou não. Não conheço os detalhes do processo em causa, nem sequer sou jurista. Mas a sentença de hoje dá razão àqueles que colocaram a seriedade à frente de vitórias eleitorais. Marques Mendes pode não ter sido um grande líder do PSD, mas foi o melhor líder possível tendo em conta as dificílimas circunstâncias com que se deparou. Percebeu que a forma de restaurar a credibilidade do Partido  passava por excluir quem não ofrecesse garantias de seriedade. Hoje, parecendo que não, teve uma vitória política. Mesmo que Isaltino seja considerado inocente no futuro ou que venha  ganhar as eleições em Oeiras.


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publicado por Ricardo Cataluna às 22:54
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Guterrismo Musculado

Já podem ler o meu primeiro post no Novo Rumo.


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publicado por Ricardo Cataluna às 22:52
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Sábado, 18 de Julho de 2009
Olha quem faz anos hoje...

Nelson Mandela

 

E se fosse vivo, este senhor faria 75 anos, amanhã. Fazem falta homens assim.



publicado por Ricardo Cataluna às 18:41
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Sábado, 11 de Julho de 2009
Cuidado!

O Dr. António Costa tem de ter cuidado com a sobranceria com que fala e lida com Santana Lopes. Foi uma atitude desse género que custou a derrota a João Soares quando defrontou o ex-presidente do Sporting.



publicado por Ricardo Cataluna às 23:33
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