O boletim económico divulgado ontem pelo Banco de Espanha representa más notícias para os espanhóis, mas também para os portugueses. A instituição refere que a economia espanhola vai continuar a abrandar no segundo trimestre, depois de ter crescido apenas 0,3 por cento no primeiro, o que é comparável com 0,7 por cento nos três meses anteriores.
Pela forte dependência das exportações portugueses para o país vizinho - o nosso principal mercado - e o elevado número de portugueses a trabalhar em Espanha, em especial na construção, os dados só podem ser recebidos com apreensão em Portugal. Aliás, no passado mês de Março, as exportações portuguesas de mercadorias para Espanha registaram a maior quebra dos últimos sete anos, recuando 7,2 por cento face a igual período do ano passado.
O boletim divulgado ontem pelo Banco de Espanha, presidido por Miguel Ángel Fernández Ordoñez, refere que a economia espanhola se encontra imersa "numa forte desaceleração", esperando uma deterioração de todos os indicadores e uma quebra elevada na venda de casas e de bens de equipamentos.(...)
Fonte: Público - 29.05.2008, Rosa Soares
Zapatero entreteu-se a brincar à política (lei de memória histórica, entre outras coisas...), para grande gáudio da esquerda espanhola e europeia que nunca se cansou de louvar o sucessor de Aznar. Tal como aconteceu com Guterres no seu primeiro mandato, Zapatero não soube acautelar o futuro em tempos de vacas gordas. Já se sabia que a crise internacional vinha aí e o governo espanhol revelou inabilidade perante a "forte desacelaração" que se avizinha. Os espanhóis é que pagam. E nós por tabela, também.
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